8.23.2013

RAINHAS DO EGITO

AS RAINHAS PODEROSAS DO EGITO

                                 NEFERTITI

 Um breve resumo sobre uma das mais importantes figuras do Egito Antigo, e uma das mais belas mulheres já descobertas da História: Nefertiti, a rainha misteriosa.



Após cerca de 3 mil anos uma múmia é achada juntamente com dois outros corpos escondidos no Vale dos Reis e pequenos detalhes mostram que aquela múmia esquecida, mutilada e saqueada era de Nefertiti, a mais bela mulher já vivente no Egito antigo e a única mulher que foi enterrada como um faraó devido ao seu poder em vida, uma verdadeira afronta aos deuses.







Ficou muito conhecida na história em função dos lindos bustos de calcário, com sua face esculpida, encontrados nas escavações feitas na cidade de Tel el-Amarna (antiga Akhetaton). 


 NEFERTARI
            
                   
 Mais célebre das grandes esposas reais é incontestavelmente a rainha Nefertari, que Ramsés amou mais do que a qualquer outra. A ela é, de fato, dedicado o pequeno templo de Abu-Simbel na sua qualidade de "Nefertari, para que o sol se erga".

Esta grande dama, senhora do Alto e do Baixo Egito, que exercia a sua soberania sobre os países estrangeiros, morreu pelo ano 30 do reinado. Seu túmulo escavado no Vale das Rainhas é pura obra-prima, tanto em termos de concepção como de execução. Uma escadaria conduz a sala hipóstila, depois uma outra leva a sala do sarcófago, com quatro pilares. Lá vemos a rainha jogando senet (o antepassado do nosso jogo de dama) com o invisível. O que está em jogo é o destino da alma. Divindades como Neith, padroeira da tecelagem, Serket, a deusa-escorpião Isis e seu filho Hórus, vêm em seu auxilio para que ela avance nos caminhos do Além.


 A Rainha Nefertari é apresentada a várias divindades que participam do processo de renascimento. Prova seus conhecimentos artesanais oferecendo tecidos a Ptah e obtém a paleta do escriba na presença de Thot, que assim reconhece o seu saber e a sua sabedoria. Na sala dos pilares, Nefertari recebe o sinal da vida das mãos de Ísis e depois é acolhida por Hathor; senhora dos céus. No final de seu percurso, a rainha é divinizada. Agora é ela que tem na mão o sinal da vida.

A mesma feliz conclusão figura no seu templo de Abu-Simbel, onde a cor amarela dá às cenas um caráter irreal. Alguns dos filhos de Ramsés II foram personagens de primeiro plano e exerceram altas funções. De acordo com a lista do Ramesseum, seu último filho, Menerptah, sucedeu-lhe ao trono. Porém, o mais original dos filhos é Khaimuase, um erudito apaixonado pela arqueologia. Dedicou-se a restaurar vários edifícios antigos de acordo com documentos de arquivos consultados nas bibliotecas dos templos. Sabemos, por exemplo, que restabeleceu o nome de Unas na sua pirâmide e mandou consolidar a mastaba de Fanaun. Khaimuase estava fascinado com a necrópole menfita, onde podia estudar as fontes da religião egípcia. Nomeado sumo sacerdote de Ptah em Menfis, Khaimuase era considerado o maior ritualista do país e por isso foi encarregado da organização das festas sed celebradas em honra de seu pai.


                                    Ahotep I


Ahotep I foi a mãe do faraó Ahmósis, que libertou o Egito dos hicsos e reunificou o país, e após sua morte foi honrada pelo filho com as mais altas condecorações militares visto seu papel como regente durante um período extremamente conturbado da história egípcia.

Grande Esposa Real do faraó Sekenenré Taô II, que morreu em batalha contra os invasores, a rainha Ahotep I assumiu a regência do país pela primeira vez com a ida de seu filho mais velho, Kamosé, para uma batalha distante em que foi morto pelos hicsos após um governo de apenas três anos.
O herdeiro do trono, Ahmósis, filho mais jovem da rainha viúva, era ainda uma criança e a regência da soberana foi mantida até a sua maioridade. Mais tarde, Ahotep I substituiu novamente o faraó quando este partiu para a batalha definitiva contra os invasores.

Agindo com extrema sapiência e de forma enérgica em Tebas, a rainha-mãe conseguiu garantir a continuidade da dinastia ao angariar apoio de vários segmentos da sociedade para a causa da reunificação, firmando a estabilidade da Casa Real tebana e mantendo em alta a moral do exército que lutava para expulsar os hicsos do Egito.
Quando Ahmósis retornou, após devastar os invasores e garantir a nova unificação das “Duas Terras”, mandou construir um grande monumento no templo de Amon em Karnak onde teceu elogios à sua mãe, cujo destino obrigara a substituir sucessivamente três faraós, e incentivava seus súditos a fazerem o mesmo.

A rainha recebeu condecorações militares de seu filho em reconhecimento ao papel que desempenhara na defesa de seu país que acompanharam os despojos da mãe real em seu túmulo: o faraó lhe deu um colar de ouro com pingentes em forma de mosca, insígnia destinada aos mais valorosos soldados egípcios e a qual Ahotep I foi a primeira mulher a portar, além de uma adaga e um machado, também de ouro, ambos ornados com cenas que simbolizam a expulsão dos hicsos pelos egípcios.

 
 Mãe do faraó libertador do Egito, dama patriota, cujas circunstâncias levaram a desempenhar um papel político de primeira grandeza, Ahotep I foi reconhecida e admirada por seus contemporâneos e também por seus sucessores.




8.21.2013

OS HITITAS



                Os Hititas, inimigos do Egito na antiguidade

 
Os Hititas eram um povo indo-europeu que, no II milénio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C.. Em sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, o norte e o oeste da Mesopotâmia até a Palestina.





História

Chamavam-se a si próprios Hatti, e a sua capital era Hattusa ou Hattusha. Os registros em baixo relevo e relatos da época descreviam os hititas como homens fortes, de estatura baixa, com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço. Os cavalos eram venerados como animais nobres. Os encarregados de cuidar dos cavalos assumiam notoriedade na sociedade hitita.
Tal como os antigos egípcios, seus contemporâneos, detinham uma escrita hieroglífica. Sua principal arma eram os temidos carros de guerra com capacidade para três pessoas (um condutor e dois guerreiros, geralmente um deles utilizando um arco), uma inovação frente aos carros de guerra de 2 pessoas utilizados tradicionalmente por seus vizinhos.



O Faraó Ramsés II em conferência com os Hititas
 

O Tratado Egípcio-Hitita, usualmente designado por Tratado de Kadesh ou Tratado de Qadesh, foi um tratado de paz celebrado entre o Faraó egípcio Ramsés II e o rei hitita Hatusil III em 1259 a.c., que marcou o fim oficial das negociações entre as duas grandes potências do Médio Oriente da altura, que se seguiram aos conflitos armados de grandes proporções que culminaram na célebre batalha de Kadech, travada 16 anos antes. O acordo tinha como objetivo o estabelecimento de relações pacíficas entre as duas partes.
É o acordo diplomático e tratado de paz mais antigo que se conhece no Médio Oriente e é frequentemente apontado como o mais antigo do mundo, embora isso não corresponda à realidade. Porém, é o tratado mais antigo do mundo.  A tentativa de paz não deu certo, pois as relações entre os hititas e os egípcios continuaram a ser de inimigos durante muitos anos após aquele confronto.




A Batalha de Kadesh é o evento mais famoso da história hitita, quando o Príncipe Hattusilis, tio do Rei Muwatallis atacou de assalto o exército de Ramsés II do Egito nas proximidades da cidade de Kadesh. A dramática batalha (segundo relatos egípcios, o próprio faraó precisou usar a espada para salvar sua vida) terminou sem vencedores, mas ambos os lados reivindicaram a vitória. A batalha é ricamente detalhada em escrituras egípcias, e a descoberta dos sítios hititas na Turquia confirmaram o triunfo hitita contra o egito.
Depois da Batalha de Kadesh, os hititas se envolveram em uma guerra civil que esfacelou o império. Logo após a guerra, os hititas incendiaram Hattussa e fugiram para uma região desconhecida. Até hoje não se sabe qual foi o destino dos hititas. O imo do poderio hitita, bem como seu brio, havia sido deixado de lado quando as cidades mais poderosas de seu império foram devastadas em guerras civis e abandonadas por seu próprio povo, os hititas que antes nunca haviam sofrido uma derrota, tornaram-se alvo fácil para os povos do mar, sem suas capitais bélicas, o restante do império foi devastado por indo-europeus, conhecidos como povos do mar.

                                           Criaram o carro de Guerra para três guerreiros
  
  Os hititas também venceram outras grandes batalhas, e eram grandes inimigos dos gregos. Durante o apogeu do império, os hititas saquearam a cidade-estado da Babilônia, arrebataram cidades dos hurritas, e Alepo do Egito. Na Ásia menor, não havia povo tão evoluído quanto os hititas que, em sua cultura, assimilaram a tudo dos antigos povos que ali viviam, conhecidos como seus ancestrais, os hattis, bem como mantinham grande comunhão com Tróia, cidade na qual alguns estudiosos afirmam que, na época, pagava tributo a suserania hitita.

Os Hititas e a Bíblia

A Bíblia se refere aos " Hititas" em diversas passagens. Em Gêneses 10:15 (a tabela das nações) há a citação do primeiro antepassado dos hititas, "Hete". Filho de Canaã.
Os Hititas são contados desse modo entre os Cananeus. São descritos geralmente como pessoas que viveram entre os Israelitas entretando possuiam seus próprios reis, e eram suficientemente poderosos para pôr um exército sírio em fuga segundo o registro bíblico.

Arqueologia

Até fins do séc. XIX, tudo quanto se sabia sobre os Hititas provinha de pequenas referências na Odisséia, onde são chamados de khetas, e de algumas passagens do Velho Testamento. Ainda assim, desconhecia-se que essa referências aludiam a um mesmo povo.
Quando o arqueólogo, Henry Sayce, afirmou que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, a comunidade acadêmica recebeu suas afirmações com descrédito, alcunhando-o de "o inventor dos hititas". A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão, Hugo Winckler (1863-1913), cujas escavações em Boghazköy, trouxeram à luz cerca de 10.000 tabletes em escrita cuneiforme, pertencentes aos arquivos dos reis de Khatti.
Após a morte prematura de Winckler, em 1913, a Sociedade Germânica Oriental confiou a publicação dos arquivos hititas a um grupo de assiriologistas. Um deles, o Prof Bedrich Hrozný, foi o autor da primeira gramática hitita, e estabeleceu o caráter indo-europeu da estrutura da língua. Coube também a ele traduzir e publicar as duas coletâneas de leis hititas, que tantos esclarecimentos trouxeram sobre a cultura desse povo.