6.14.2011

EGIPTO ANTIGO - ORGANIZAÇÃO

                     
  ESTE É O MARAVILHOSO EGITO CHEIO DE MAGIA E MISTÉRIOS QUE ENCANTA A TODOS. UM POVO MÍSTICO COM UM PASSADO HISTÓRICO COM DERROTAS E TAMBÉM GRANDES CONQUISTAS.
                           




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                          OFICIALMENTE, REPÚBLICA ÁRABE DO EGITO


                                 CAIRO


                                 CAIRO

 Possui 70 milhões de habitantes, 84% são islãmicos. CAIRO é a capital do país. Quase toda a população do Egito se concentra ao longo do vale do Rio Nilo, em uma área de aproximadamente um trigésimo da área do país de mais de um milhão de km quadrados.


O Período Pré-Dinástico no Egito é referente a época em que o Egito era dividido entre Baixo Egito e Alto Egito. Foi o período onde o homem se estabeleceu na região e desenvolveu suas técnicas agrícolas que permitiriam mais tarde a formação da primeira dinastia e de um grande império.

Entre 13.000 e 10.000 a. C., a região que hoje representa os desertos do Saara e Árabes, passavam por um processo de aumento das temperaturas, ocasionando chuvas intensas. O vale do Rio Nilo tornou-se então pantanoso e atraiu animais e pessoas que formavam grandes grupos de nômades para se aproveitarem das riquezas do solo na região.

 Há mais de 4000 anos antes de Cristo, a dominação das técnicas agrícolas permitiu o surgimento de várias civilizações ao redor do mundo. No extremo nordeste da África, em uma região de características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.

O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas colheitas realizadas.

Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos egípcios.
No campo político, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos eram pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca e tinha a função de rei, juiz e chefe militar. Pela necessidade de defesa os nomos se uniram e acabaram formando dois reinos, o baixo Egito, que ficava ao norte, próximo ao Delta do Nilo e o alto Egito que fica mais ao sul.
         
O alto Egito possuía 22 nomos, era conhecido como Ta Shemau que significa “terra dos juncos” e era representado por uma coroa Branca. O baixo Egito possuía 20 Nomos, era conhecido como Ta Mehu que significa “terra do Papiro”, era representado pela coroa vermelha e seus símbolos eram o papiro e a abelha. Veja abaixo a ilustração das coroas:

     Após a unificação, foi feita uma combinação das coroas anteriores, para representar o domínio sobre as duas terras:

Tempos mais tarde, esses vários nomos estavam centralizados sob o poderio de um imperador



  Eram como um OASIS no DESERTO.

O Egito Antigo foi uma das maiores civilizações da Antiguidade, que surgiu a partir de aldeamentos agrícolas no vale do rio Nilo, na África, em cerca de 4000 a.C. Os antigos chamavam seu país de Kemet, que significa negro (por causa da terra).
Muitos dos ideais e crenças modernos, assim como grande parte do conhecimento sobre o homem, tiveram origem no Egito. Lá se desenvolveu o primeiro tipo de governo nacional do mundo. A religião foi uma das primeiras a enfatizar a existência da vida após a morte. Os egípcios produziram uma arte e uma literatura expressivas, introduziram a arquitetura de pedra e fabricaram o primeiro material adequado para a escrita, o papiro.



 



 Dependiam das cheias do rio Nilo até 1100 a.c., quando se dividiu em regiões autônomas.

 Posteriormente foram conquistados pelos assírios ( 662 a.c.), persas (525 a.c.), gregos (332 a.c.) 300 anos, romanos 600 anos, Os árabes governaram após o século XII durante 600 anos, introduzindo a língua árabe e o Islamismo, Império Otomano, franceses. 

 Os britânicos conquistaram  o Egito 72 anos, por duas razões: O Canal de Suez que ligava os mares do oriente ao Mediterrâneo e o Egito era o maior produtor de algodão do mundo, matéria-prima fundamental para a indústria têxtil inglesa, a mais moderna da época.

 O EGITO SE TORNOU INDEPENDENTE EM 1922\1924.

ORGANIZAÇÃO:

FARAÓS
Faraó - soberano todo poderoso, considerado deus vivo, filho de deuses e intermediário entre estes e os homens. Era objeto de culto e sua pessoa era sagrada. O faraó tinha autoridade absoluta: concentrava em si os poderes político e espiritual. Ele ocupava o topo da hierarquia social, filho de Amon-Rá, o deus-sol, e encarnação de Hórus, o deus-falcão. Por isso, esse governo é chamado de teocrático.





Nobres - proprietários de grandes domínios, ocupavam também os principais postos do exército. Esta camada era formada por familiares do faraó, altos funcionários do palácio, oficiais superiores do exército e chefes administrativos.

Sacerdotes - muito cultos, enriqueciam com oferendas feitas pelo povo aos deuses. Eram dispensados do pagamento de impostos e eram proprietários de muitas terras. A função sacerdotal era lucrativa e honrosa, passando de pai para filho. Os sacerdotes tinham a cabeça raspada e uma de suas funções era transmitir as respostas das divindades às perguntas dos fieis.

Escribas - se encarregavam da cobrança dos impostos, da organização escrita das leis e de decretos e da fiscalização da atividade econômica em geral.

Soldados - viviam dos produtos dados em pagamento pelos serviços e dos saques realizados durante as guerras. Nunca atingiam os postos de comando, pois eram reservados à nobreza.

Artesãos - trabalhadores que exerciam diferentes ofícios e que eram geralmente contratados por empreiteiros de grandes obras. Trabalhavam como pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives etc. Eles exerciam suas atividades nas grandes obras públicas recebendo em troca apenas alimento.

Camponeses - compunham a maior parte da população, viviam submetidos a uma violenta repressão por parte da camada dominante, que a ameaçava constantemente com exércitos profissionais para forçá-la a pagar impostos. Trabalhavam nas propriedade do faraó e dos sacerdotes e tinham o direito de conservar para si uma parte dos bens por eles produzidos.

Escravos - originários da escravidão por dívidas e da dominação de outros povos através das conquistas militares. Faziam os serviços domésticos ou trabalhavam nas pedreiras e nas minas.

Na sociedade egípcia desenvolveu-se o chamado modo de produção asiático, em que todas as terras pertenciam ao Estado e os camponeses das aldeias tinham o direito de cultivar o solo desde que pagassem um imposto coletivo. Esse imposto era pago com cereais, que eram estocados nos armazéns reais. Nessa sociedade, a base da economia era a agricultura. Cultivavam-se principalmente trigo, cevada, frutas, legumes, linho e algodão. Dentre outras atividades destacamos o comércio a indústria artesanal de tecidos e de vidro, a construção de navios, a cerâmica e a criação de bois, carneiros, cabras, asnos etc. O Estado intervinha na economia controlando a produção, recrutando mão-de-obra e cobrando impostos.

Religiosidade
Quanto a religiosidade, os egípcios eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, inclusive alguns animais, como o gato, o boi e o crocodilo, que eles consideravam sagrados. Além de ser politeísta, era também antropozoomórfica, pois os deuses eram representados geralmente pela figura humana e animal. A religião dos antigos egípcios passou por várias etapas: de um simples politeísmo para a mais recuada expressão conhecida de monoteísmo, retornando depois ao politeísmo. Durante o período do Antigo Reino, o culto do sol, corporificado na adoração de Rá foi o sistema dominante de crença. Servia como religião oficial cuja função principal era dar imortalidade ao Estado e ao povo, coletivamente. Para os egípcios, a morte apenas separava o corpo da alma. A vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servir-lhe de moradia. Era preciso então, conservar o corpo, e para isso os egípcios se aperfeiçoaram na técnica da mumificação.


As ciências Egípcias
Não é à toa que as sete maravilhas do mundo antigo estão no Egito, que legou à humanidade grandes conhecimentos. Os egípcios se distinguiram pelo desenvolvimento da arquitetura, por conhecimentos matemáticos, de astronomia, medicina e engenharia. O ano dividido em 365 dias, 12 meses com 30 dias são herança egípcia. Eles desenvolveram os relógios solares, estelares e à base de água para medir o tempo.
Utilizaram-se da geometria para solucionar problemas de medidas relacionadas com as terras rurais e erguer grandes construções. Ousaram na medicina, realizando cirurgias, inclusive utilizando-se de anestésicos, e trataram de muitas doenças. Mas, acabaram misturando, na medicina, a ciência com a magia, pois a sua religiosidade, com crença em vários deuses, ela era muito saliente.

Se muitos faraós foram conservados por séculos para se mostrarem quase intactos na Idade Contemporânea, isso foi obra de apuradas técnicas de MUMIFICAÇÃO. De acordo com Heródoto, um historiador um grego muito famoso, o processo de mumificação era feito da seguinte forma:
                                                    
"Tiram-lhe primeiro o cérebro, com ferro curvado, que introduzem nas narinas e com o auxílio de drogas, que injetam na cabeça. Fazem em seguida uma incisão no ventre, com uma pedra cortante da Etiópia. Tiram por esta abertura os intestinos, que são lavados, passados por vinho de palma e por aromas, enchem, seguidamente, o ventre de mirra (resina de uma árvore utilizada como incenso ou perfume), canela e outros perfumes, depois o costuram cuidadosamente. Terminado isto, salgam o corpo e cobrem-no de natrão (carbonato de sódio natural) durante setenta dias. Acabado este prazo, lavam o corpo e o envolvem inteiramente em faixas de linho". Depois colocavam o corpo no sarcófago. Os pobres possuíam processos de mumificação muito mais simples.
 Heródoto, historiador grego

Língua e literaturas egípcias


Hieróglifos em uma estela funerária.


Os egípcios foram uma das primeiras civilizações do mundo a fazer a utilização da escrita. Foram desenvolvidos por eles três diversidades alfabéticas:

O alfabeto hieróglifos era uma escrita considerada religiosa;

O alfabeto hierático era de grande simplicidade. Era uma escrita utilizada pelos nobres e pelos membros do sacerdócio;

O alfabeto demótico era um tipo de escrita utilizada pela maioria da população. Era utilizada pelas classes economicamente menos privilegiadas da sociedade egípcia.


Na época da campanha de Napoleão no Egito, o francês especialista em arqueologia Jean Françóis Champolion levou para França, no ano de 1799, um documento rochoso do aglomerado urbano de Roseta. Nesta rocha estão escritos três tipos de alfabeto. São eles: hieroglifo, grego e demótico. Em 1822, Champollion fazia comparação do texto em língua grega clássica com o tema exatamente igual em hieróglifos. Conseguiu fazer a decifração do alfabeto egípcio. Isso foi uma contribuição dada por Champollion para os trabalhos intelectuais sobre a civilização egípcia.

Os egípcios praticavam a escrita de modo principal numa planta que recebeu o nome de papiro. Esta planta era facilmente encontrada em grande quantidade às margens do rio Nilo. Do miolo do papiro era feito o corte. Suas partes se ligavam umas com as outras e depois era feita a prensagem. Formava assim rolos que inclusive eram produtos de exportação para as civilizações vizinhas. Os egípcios deram contribuição de vários livros escritos. A maioria dessas publicações trata de temas relacionados à religião. Um famoso exemplo é o Livro dos mortos.


Música egípcia

Pelos documentos encontrados, como fragmentos de músicas e instrumentos, a música teria iniciado na mesopotâmia e no Egito antigo. De fato, em 1950 os arqueólogos encontraram uma canção de origem assíria datando de 4000 a.C., gravada numa tabuleta de argila.

Os egípcios usavam muito a música em todas as ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamento , festas, canções de guerra, de vitória, ou para expressar sentimentos de melancolia e de luto. Tocavam lira, citara, oboé, címbalo, harpa e instrumentos com caixa de ressonância. Era comum as mulheres ricas serem excelentes cantoras. Junto com a música, desenvolveu-se a dança e a coreografia, Os mesopotâmios e os egípcios já conseguiam escrever a música de sinais próprios para a sua execução pública.

Influência da civilização egípcia sobre outras civilizações

Os egípcios tiveram grande influência no desenvolvimento de vários povos limítrofes ou longínquos. Muitos eruditos de outros povos da antiguidade iam buscar seus conhecimento no Egito, onde trabalhavam como estagiários. Inventaram várias ciências tais como a geometria, que depois passou a ser seguida pelos gregos e por outros povos e países.


Na medicina, a influência egípcia foi quase total. De facto, ultrapassaram todos os povos antigos nos conhecimentos médicos, tentando procurar as soluções para todas as doenças existentes na antiguidade oriental.


Quanto à religião, seus deuses e suas crenças chegaram a se espalhar por toda a parte. As pirâmides impressionaram o mundo, e a sua crença na imortalidade da alma foi considerada um avanço na espiritualidade.

Quanto à escrita, foram pioneiros na arte de escrever, pois sinais e marcas chegaram à Fenícia, onde foram simplificados, resultando no alfabeto que temos nos dias de hoje. Grande contribuição às civilizações foi o papiro que o Egito forneceu a todo o mundo antigo para escrever seus livros, construir o conteúdo de suas bibliotécas e fornecer material para estudos dos seus sábios.


 O ESTUDO DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA, DA ANTIGUIDADE AOS NOSSOS DIAS

 A descrição do desenvolvimento da civilização egípcia se baseia nas descobertas arqueológicas de ruínas, tumbas e monumentos.

Os hieróglifos proporcionaram importantes dados.

A história egípcia, até a conquista de Alexandre III, o Magno, se divide nos impérios antigo, médio e novo, com períodos intermediários, seguidos pelos períodos tardio e dos Ptolomeus.

As fontes arqueológicas mostram o nascimento, por volta do final do período pré-dinástico (3200 a.C.), de uma força política dominante que, reunindo os antigos reinos do sul (vale) e do norte (delta), se tornou o primeiro reino unificado do antigo Egito. Durante a I e II Dinastias (3100-2755 a.C.), algumas das grandes mastabas (estruturas funerárias que antecederam às pirâmides) foram construídas em Sakkarah e Abidos.


                                                  Mastaba em Meidum





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